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terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Feliz 2014 !

Um 2014 repleto de tudo o que qualquer ser humano anseia: 
saúde, paz e amor.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Hoje, nasceu...

Em Jesus, os crentes vivem e celebram a presença de Deus que entrou nas nossas vidas. Ele convida-nos a fazer crescer a simples e sincera amabilidade diante de todos os homens.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Feliz Natal!

UM BOM NATAL para todos, nomeadamente para os que deixaram de acreditar no nascimento do Menino que veio atear a chama do amor, santificar os corações.


terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Mesa de Natal do 6.º C

Quando nos entregamos a uma causa e envidamos esforços para que a participação vá de encontro à meta a alcançar, vemos que não foi em vão o esforço.
Enquanto professora de EMRC e diretora de turma do 6.º C, reforço o que sempre tenho incutido: mais do que pensar em prémio, o importante é participar; e o prémio é já uma grande vitória.
De qualquer modo, não posso deixar de me congratular com a turma do 6.º C, pelo honroso 3.º lugar conseguido no concurso de mesas tradicionais de Natal, realizado nesta tarde de encerramento do primeiro período.
Também não posso deixar de reconhecer o empenho e contributo dos encarregados de educação que, de uma forma ou de outra, colaboraram para que os seus educandos tivessem vivido uma tarde em verdadeiro espírito natalício.
DESEJO A TODOS UM FELIZ NATAL.




domingo, 15 de dezembro de 2013

Trabalhos da turma do 1.º Ciclo

Esta é a representação dos trabalhos de Natal executados pelo Alexandre Alves, Rui Almeida  e Tiago Portugal do 1.º B e do Francisco Alves do 4.º D, do Centro Escolar de Seia.




quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Nasceu!

Aqui fica um video com o nascimento do Menino Jesus, sobretudo para os alunos do 1º Ciclo.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

A Campanha de Solidariedade está em marcha

Apesar da tão falada crise, os gestos de solidariedade da campanha "Partilhar é Urgente" já são visíveis.
Até ao dia 17 de dezembro, contamos ainda com a tua colaboração.


quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Amor, ou falta dele, em tempo de Natal

É Natal!

Prendas e mais prendas… Mas eu acho que o mais importante não são as prendas, mas sim a saúde e o amor.
Nesta época tão especial, algumas pessoas vivem e até se sentem mais tristes, porque não têm dinheiro para comida ou presentes, ou porque não estão bem de saúde, ou ainda porque o pai ou mãe estão ausentes.
Para certas pessoas basta a saúde e o alimento, para passarem este dia tão lindo.
Aprender a partilhar é muito importante, é um gesto de amor, porque há quem não tenha uma peça de roupa, um brinquedo... enquanto outros vivem com excesso e sempre insatisfeitos; cada vez querem mais e mais!
Para mim, no Natal basta-me estar em família.
Neste Natal, espero que as pessoas de quem mais gosto estejam comigo.
Também desejo paz e amor para todas as pessoas.
Jéssica Madeira, 8.º D

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Partilhar é Urgente!

Integrada nas atividades do Plano Anual "Contar e Viver o Natal", vai começar mais uma Campanha de Solidariedade.
Não te esqueças de entregar, atempadamente, o teu Presépio para a exposição.


quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Também nós somos chamados a...

No encerramento do Ano da Fé, dia 24 de novembro de 2013 – Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, o Papa Francisco publicou a Exortação Apostólica sobre o anúncio do Evangelho no mundo atual.

"A alegria do evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus": assim inicia a Exortação Apostólica "Evangelii Gaudium" com a qual o Papa Francisco desenvolve o tema do anúncio do Evangelho no mundo de hoje, recolhendo por outro lado a contribuição dos trabalhos do Sínodo que se realizou no Vaticano de 7 a 28 de outubro de 2012, com o tema "A nova evangelização para a transmissão da fé". "Desejo dirigir-me aos fiéis cristãos - escreve o Papa - para os convidar a uma nova etapa de evangelização marcada por esta alegria e indicar direções para o caminho da Igreja nos próximos anos" (1).
O Papa convida a "recuperar a frescura original do Evangelho”, encontrando "novas formas" e "métodos criativos", sem deixarmos enredar Jesus nos nossos "esquemas monótonos" (11). Precisamos de uma "uma conversão pastoral e missionária, que não pode deixar as coisas como estão" (25). Requer-se uma "reforma das estruturas" eclesiais para que "todas se tornem mais missionárias" (27). O Pontífice pensa também numa "conversão do papado", para que seja "mais fiel ao significado que Jesus Cristo lhe quis dar e às necessidades atuais da evangelização". A esperança de que as Conferências Episcopais pudessem dar um contributo para que "o sentido de colegialidade" se realizasse “concretamente” – afirma o Papa - "não se realizou plenamente" (32). É necessária uma “saudável descentralização" (16). Nesta renovação não se deve ter medo de rever costumes da Igreja "não diretamente ligados ao núcleo do Evangelho, alguns dos quais profundamente enraizados ao longo da história" (43).
Sinal de acolhimento de Deus é "ter por todo o lado igrejas com as portas abertas" para que os que vivem uma situação de procura não encontrem "a frieza de uma porta fechada". "Nem mesmo as portas dos Sacramentos se deveriam fechar por qualquer motivo". O Papa Francisco reafirma preferir uma Igreja "ferida e suja por ter saído pelas estradas, em vez de uma Igreja... preocupada em ser o centro e que acaba por ficar prisioneira num emaranhado de obsessões e procedimentos. Se algo nos deve santamente perturbar ... é que muitos dos nossos irmãos vivem "sem a amizade de Jesus” (49).
O Papa aponta as "tentações dos agentes da pastoral": o individualismo, a crise de identidade, o declínio no fervor (78). "A maior ameaça" é "o pragmatismo incolor da vida quotidiana da Igreja, no qual aparentemente tudo procede na faixa normal, quando na realidade a fé se vai desgastando" (83). Exorta a não se deixar levar por um "pessimismo estéril " (84 ) e a sermos sinais de esperança (86) aplicando a "revolução da ternura" (88).
O Papa lança um apelo às comunidades eclesiais para não caírem em invejas e ciúmes: “dentro do povo de Deus e nas diversas comunidades, quantas guerras!" (98). "A quem queremos nós evangelizar com estes comportamentos?" (100). Sublinha a necessidade de fazer crescer a responsabilidade dos leigos, mantidos "à margem nas decisões" por um "excessivo clericalismo" (102). Afirma que "ainda há necessidade de se ampliar o espaço para uma presença feminina mais incisiva na Igreja", em particular "nos diferentes lugares onde são tomadas as decisões importantes" (103). "As reivindicações dos direitos legítimos das mulheres ... não se podem sobrevoar superficialmente" (104). Os jovens devem ter "um maior protagonismo" (106). (...)
Abordando o tema da inculturação, o Papa lembra que "o cristianismo não dispõe de um único modelo cultural" e que o rosto da Igreja é "multiforme" (116). "Não podemos esperar que todos os povos ... para expressar a fé cristã, tenham de imitar as modalidades adotadas pelos povos europeus num determinado momento da história" (118). O Papa reitera "a força evangelizadora da piedade popular" (122) e incentiva a pesquisa dos teólogos.
O Papa detém-se depois, "com uma certa meticulosidade, na homilia", porque "são muitas as reclamações em relação a este importante ministério e não podemos fechar os ouvidos" (135). A homilia "deve ser breve e evitar de parecer uma conferência ou uma aula " (138), deve ser capaz de dizer "palavras que façam arder os corações", evitando uma "pregação puramente moralista ou para endoutrinar" (142). Sublinha a importância da preparação." (…) O próprio anúncio do Evangelho deve ter caraterísticas positivas: "proximidade, abertura ao diálogo, paciência, acolhimento cordial que não condena" (165).
Falando dos desafios do mundo contemporâneo, o Papa denuncia o atual sistema económico, que "é injusto pela raiz" (59). "Esta economia mata" porque prevalece a "lei do mais forte". A atual cultura do "descartável" criou "algo de novo": “os excluídos não são ‘explorados’, mas ‘lixo’, 'sobras'" (53). Vivemos uma "nova tirania invisível, por vezes virtual" de um "mercado divinizado", onde reinam a "especulação financeira", "corrupção ramificada", "evasão fiscal egoísta" (56). Denuncia os "ataques à liberdade religiosa" e as "novas situações de perseguição dos cristãos ... Em muitos lugares trata-se pelo contrário de uma difusa indiferença relativista" (61). A família - continua o Papa - "atravessa uma crise cultural profunda.
O Papa reafirma "a íntima conexão entre evangelização e promoção humana" (178) e o direito dos Pastores a "emitir opiniões sobre tudo o que se relaciona com a vida das pessoas" (182). "Ninguém pode exigir de nós que releguemos a religião à secreta intimidade das pessoas, sem qualquer influência na vida social". "A política, tanto denunciada" - diz ele - "é uma das formas mais preciosas de caridade". "Rezo ao Senhor para que nos dê mais políticos que tenham verdadeiramente a peito ... a vida dos pobres!" Em seguida, um aviso: "qualquer comunidade dentro da Igreja" que se esquecer dos pobres corre "o risco de dissolução" (207).
O Papa convida a cuidar dos mais fracos: "os sem-teto, os dependentes de drogas, os refugiados, os povos indígenas, os idosos cada vez mais sós e abandonados" e os migrantes, em relação aos quais o Papa exorta os Países "a uma abertura generosa" (210 ). "Entre estes fracos que a Igreja quer cuidar" estão "as crianças em gestação, que são as mais indefesas e inocentes de todos, às quais hoje se quer negar a dignidade humana" (213). "Não se deve esperar que a Igreja mude a sua posição sobre esta questão... Não é progressista fingir resolver os problemas eliminando uma vida humana" (214). Neste contexto, um apelo ao respeito de toda a criação: "somos chamados a cuidar da fragilidade das pessoas e do mundo em que vivemos" ( 216).
Quanto ao tema da paz, o Papa afirma que é "necessária uma voz profética" quando se quer implementar uma falsa reconciliação "que mantém calados" os pobres, enquanto alguns "não querem renunciar aos seus privilégios" (218). Para a construção de uma sociedade "em paz, justiça e fraternidade" indica quatro princípios: "trabalhar a longo prazo, sem a obsessão dos resultados imediatos"; "operar para que os opostos atinjam "uma unidade multifacetada que gera nova vida"; "evitar reduzir a política e a fé à retórica; colocar em conjunto globalização e localização.
"A evangelização - prossegue o Papa - também implica um caminho de diálogo", que abre a Igreja para colaborar com todas as realidades políticas, sociais, religiosas e culturais (238). O ecumenismo é "uma via imprescindível da evangelização". Importante o enriquecimento recíproco: "quantas coisas podemos aprender uns dos outros!". Por exemplo, “no diálogo com os irmãos ortodoxos, nós os católicos temos a possibilidade de aprender alguma coisa mais sobre o sentido da colegialidade episcopal e a sua experiência de sinodalidade" (246). "O diálogo e a amizade com os filhos de Israel fazem parte da vida dos discípulos de Jesus" (248). "O diálogo inter-religioso", que deve ser conduzido "com uma identidade clara e alegre", é "condição necessária para a paz no mundo" e não obscurece a evangelização (250-251). "Diante de episódios de fundamentalismo violento", a Exortação Apostólica convida a "evitar odiosas generalizações, porque o verdadeiro Islão e uma adequada interpretação do Alcorão se opõem a toda a violência" (253). Contra a tentativa de privatizar as religiões em alguns contextos, o Papa afirma que "o respeito devido às minorias de agnósticos ou não-crentes não se deve impor de forma arbitrária, que silencie as convicções das maiorias de crentes ou ignore a riqueza das tradições religiosas" (255). Reafirma, assim, a importância do diálogo e da aliança entre crentes e não-crentes (257).
O último capítulo é dedicado aos "evangelizadores com o Espírito", aqueles "que se abrem sem medo à ação do Espírito Santo", que "infunde a força para anunciar a novidade do Evangelho com ousadia, em voz alta e em todo o tempo e lugar, mesmo em contracorrente" (259). Trata-se de "evangelizadores que rezam e trabalham" (262), na certeza de que "a missão é uma paixão por Jesus mas, ao mesmo tempo, uma paixão pelo seu povo" (268): "Jesus quer que toquemos a miséria humana, que toquemos a carne sofredora dos outros" (270). "Na nossa relação com o mundo – esclarece o Papa - somos convidados a dar a razão da nossa esperança, mas não como inimigos que apontam o dedo e condenam" (271). "Pode ser missionário - acrescenta ele - apenas quem busca o bem do próximo, quem deseja a felicidade dos outros" (272): "se eu conseguir ajudar pelo menos uma única pessoa a viver melhor, isto já é suficiente para justificar o dom da minha vida" (274).

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Alunos do 1.º Ciclo

Sempre bem dispostos, comunicativos, e com vontade de realizar as tarefas propostas, um pequeno grupo de alunos do 1º B e um do 4º D começam a desenvolver atividades relacionadas com o Natal.






segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Este nome Professor...

Entre os adultos, os pais diziam que faziam tudo o que podiam para manter a harmonia e a boa convivência na cidade, embora todos soubessem que alguns pais diziam aos filhos coisas como estas: “Se te batem, bate-lhes tu também”... “Não te juntes com fulano e beltrano”...
Outros pais tinham mensagens claras de relações solidárias, próximas e afetuosas, com todos e, entre outras coisas, diziam aos filhos: “Filho, respeita e ama o teu professor. Ama-o porque o teu pai também o ama e respeita; porque ele dedica a sua vida ao bem de tantas crianças, que o vão esquecer; ama-o porque te abre e te ilumina a inteligência e te educa o coração; porque um dia, quando fores homem, e nem ele nem eu estivermos já neste mundo, a sua imagem aparecerá com frequência na tua mente ao lado da minha, e então, há de recordar certas expressões de dor e cansaço do seu rosto de homem de bem, a que agora não dás atenção e que certamente te causarão pena, mesmo passados trinta anos; e envergonhar-te-ás, sentirás tristeza de o não ter estimado muito, de te teres comportado mal com ele.
Ama o teu professor, porque pertence a essa grande família de professores do ensino básico, espalhados por todo o país, que são como que os pais intelectuais de milhões de crianças que crescem contigo; são os trabalhadores mal compreendidos e mal recompensados que preparam para o nosso país uma sociedade melhor do que a atual.
Não ficarei contente com o carinho que sentes por mim, se não sentes também carinho por todos os que te fazem bem. E, entre todos, o teu professor é o primeiro, depois dos teus pais. Ama-o como amarias um irmão meu; ama-o quando é justo e quando te parece que é injusto; ama-o quando está alegre e simpático; e ama-o ainda mais quando o vires triste. Ama-o sempre. E pronuncia sempre com respeito este nome «professor», que, depois do pai, é o mais nobre, o mais doce nome que um homem pode dar a outro homem.”
O teu pai...”

(Edmundo de Amicis: Corazón. Alianza Editorial, Madrid, 1984, pp. 73-74)

domingo, 29 de setembro de 2013

Nesta Semana da Educação Cristã...

Nesta Semana da Educação Cristã, que hoje se inicia, e que tem como tema ‘Guardar a Fé – Guardar o Outro’, pede-se que a mensagem seja transmitida de modo a que seja um ensinamento para a vida, promovendo a atenção aos outros, crentes ou não crentes, concidadãos ou estrangeiros.
Ao longo da semana, não fiques indiferente a quem precisa de um sorriso, uma palavra amiga, uma ajuda nos trabalhos escolares... ao outro que precisa de ti!
Em jeito de reflexão, apresentamos o video do XVI Encontro Interescolas da diocese da Guarda, realizado no ano letivo transato.
O nosso Agrupamento tem sempre marcado presença nestes encontros, com participação ativa.
Aguardamos pelo próximo, dando continuidade à vivência e celebração do encontro com o Outro e com os outros! 
Sê um "guardião" do outro!

sábado, 14 de setembro de 2013

No início de novo ano escolar, uma saudação aos alunos e encarregados de educação

Para vós, alunos e encarregados de educação, expresso o desejo de um novo ano letivo cheio de sucessos, apesar dos constrangimentos inerentes a toda a conjuntura que se vive na família, na escola e na sociedade em geral.
Mas para que o sucesso aconteça, quero, neste início de ano, lembrar-vos que temos que ter bem presentes os objetivos que nos levam a estar na escola e o modo como nos comportamos neste espaço, que também é de convívio, mas acima de tudo de aprendizagem. A disciplina, e não o mau comportamento, é a chave para o sucesso. Todos sabemos que muitos alunos iniciam o ano com bons propósitos, mas depressa esquecem que isso envolve estudo, dedicação e disciplina, esta quase sempre a razão para o fracasso.
Mas se a indisciplina impera e tem as suas consequências nefastas, não é menos certo que, por vezes, o fracasso dos alunos se deve porque existe um grande divórcio entre os pais e os professores. Para um melhor desenvolvimento cognitivo e emocional dos alunos, é necessário que os pais sigam atentamente a evolução académica e comportamental dos filhos; pelo que o diálogo com os educadores é necessário. Os alunos sentir-se-ão mais apoiados se perceberem que os pais estão "com eles", e que estão ali para os ajudar e não para os "controlar".
Estou convosco para vos ajudar a caminhar rumo a este sucesso escolar e pessoal.
Enquanto docente de EMRC e diretora de turma do 6.º C, tenho consciência que nem sempre serei capaz ou terei solução para responder aos vossos anseios e problemas, mas duma coisa tenho a certeza, dedicada e responsavelmente, envidarei esforços nesse sentido, a todos respeitarei na sua maneira de ser, pensar e agir, e tudo farei para apontar caminhos que levem a não desviar daquilo que são os valores que a todos comprometem e dignificam como pessoas, e que são, certamente, a chave do sucesso que alunos e pais desejam.
Não esqueçais que é na proximidade e colaboração que se constroem as relações humanas amistosas, os laços que nos unem a todos e a cada um em particular. Mas para isso existem regras. Se é preciso dar um abraço, dêmo-lo sem reservas; mas se é necessário chamar à atenção, façamos o que deve ser feito. Afinal, tudo tem limites e consequências. Esforcemo-nos para que a consequência seja o bom êxito.
Contai com a minha colaboração!

Desejo um bom ano para toda a comunidade educativa.

Prof. Isabel Almeida

terça-feira, 2 de julho de 2013

EMRC - A Comunidade unida no serviço à Educação

Com a realização dos últimos exames, calendarizados para estes dias, vemos concluído o presente ano lectivo. Isso não significa que estejam terminados na escola todos os trabalhos deste ano. A escola vive nesta hora um momento de avaliação do ano lectivo que termina e um tempo de preparação e programação do novo ano que começa no próximo mês de Setembro. Avaliar com rigor e programar com clarividência são sempre trabalho necessário a exigir acrescido esforço de toda a comunidade educativa.
Este ano, que agora se conclui, fica marcado no âmbito da Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) pela promulgação da nova legislação que vem dar renovada consistência legal ao exercício do ensino desta disciplina curricular.
Este texto legislativo orgânico, estruturado e consistente é fruto de um prolongado trabalho realizado entre a Conferência Episcopal Portuguesa e o Ministério da Educação e Ciência, que mereceu parecer favorável da Comissão Paritária, aprovação em Conselho de Ministros e promulgação do senhor Presidente da República.
O Decreto – Lei n.º 70/2013, de 23 de Maio, reúne e configura toda a legislação anterior, que foi dando forma e abrindo caminho ao direito dos alunos e dos encarregados de educação de escolherem um projecto educativo assente nos valores da educação moral e religiosa católica.
Sendo a disciplina de EMRC, na escola pública estatal, uma disciplina de oferta obrigatória e de frequência facultativa, ela inscreve-se legalmente no quadro do respeito inviolável pelo direito dos alunos de escolherem uma resposta educativa que assegure a sua formação integral.
As estatísticas revelam que a frequência desta disciplina tem sido estável ao longo das últimas décadas. Mudou a cultura de escola e transformaram-se os contextos de vida da sociedade actual, mas não se alterou nem diminuiu o desejo das famílias de encontrarem na disciplina de EMRC um necessário contributo para a educação dos seus filhos.
Tem aumentado significativamente, nos últimos anos, o número de alunos do primeiro ciclo que se matriculam nas aulas de EMRC, em conformidade com a lei. Isto diz-nos que as famílias procuram dar aos seus filhos, desde o início do ensino básico, a possibilidade de frequentar esta disciplina, conscientes dos benefícios que daí lhes advêm.
Há muitos alunos que frequentam EMRC independentemente das suas convicções religiosas e do seu credo de fé. Compreendemos todos que EMRC não é catequese nem somente educação cívica. A EMRC oferece aos alunos e à comunidade escolar um olhar de interdisciplinaridade para a beleza, valor e sentido da vida. 
Ser aluno de EMRC significa aprender caminhos firmados na dignidade humana, sentir o fascínio do transcendente e a lucidez diante do tempo presente, saborear a alegria de trabalhar em conjunto, preencher de alma o viver em comunidade, ler a história com a sabedoria da inteligência e abraçar as grandes causas da humanidade com a doçura do coração. Ser aluno de EMRC consiste em moldar a vida pelos valores do evangelho de Jesus e ajuda a descobrir o encanto da fé e a paixão pela missão da Igreja.
Os protagonistas da EMRC são sempre os alunos e as suas famílias. O seu meio natural é a comunidade escolar. O seu horizonte é a plenitude da vida dos alunos sem marcas temporais e sem fronteiras ideológicas. Os seus agentes mais directos são os professores de EMRC e a comunidade educativa no seu todo.
Ninguém na comunidade se deve alhear desta grande causa nem dispensar deste serviço à educação, a começar pelos professores e restantes agentes educativos. O segredo do êxito conseguido em tantas escolas do nosso país pela disciplina de EMRC está precisamente aqui: ela é um acto vivo de toda a comunidade, que conhece as suas crianças, os seus jovens e as suas famílias. Só uma comunidade assim unida neste agir educativo e consciente da grandeza desta responsabilidade comum consegue dar à escola o melhor de si mesma.
E aqui a Igreja tem uma palavra a dizer, um testemunho a dar e uma experiência de muitos séculos a partilhar. O professor de EMRC não está só. A escola não pode ser uma desconhecida ou ignorada da comunidade. 
A missão de ensinar e o direito de aprender não devem estar ausentes nem distantes do viver colectivo da comunidade no seu todo.
As aulas de EMRC não se mendigam nem se impõem automaticamente. Merecem-se. A escola tem direito de as exigir da comunidade como verdadeiro e insubstituível compromisso em prol do bem comum e da causa da educação. O ensino nas nossas escolas tem de exprimir o que a comunidade pensa, sente e quer e deve espelhar a própria alma da comunidade no que de mais belo ela possui.
A presente legislação é, também neste contexto, uma oportunidade que a escola deve valorizar, que os alunos e encarregados de educação são chamados a conhecer, que os professores de EMRC têm o dever de implementar com competência e que toda a comunidade deve assumir com verdade.
O quadro legal em que nos movemos cumpre a Constituição da República e regulamenta, naquilo que lhe concerne, a Concordata de 2004,celebrada entre o Estado Português e a Santa Sé. A adaptação a este novo enquadramento legislativo vai exigir muito da escola e da comunidade.
Pertence-nos a todos concretizar caminhos e cumprir objectivos expressos nesta legislação, para que cada vez mais os alunos possam encontrar nas aulas de EMRC as respostas a que têm direito e procurar aí os valores onde se respaldem os horizontes do seu futuro.
Nesta época de matrículas cumpre-nos sensibilizar as famílias, a escola e a comunidade para o bem que a disciplina lhes oferece. Estamos, assim, a construir uma escola melhor e a lançar bases sólidas do futuro de Portugal.

Aveiro, 1 de Julho de 2013
António Francisco dos Santos, bispo de Aveiro e presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé

segunda-feira, 17 de junho de 2013

EMRC... uma opção, uma marca na tua vida

Na hora de tomarmos decisões, por vezes, ficamos conturbados, 'vamos na onda'!
Na hora de fazeres a tua opção, não enveredes pelo caminho do indiferentismo, do facilitismo... O mais fácil nem sempre é sinónimo de felicidade!
Há sacrifícios pelos quais vale sempre a pena lutar, quando queremos deixar na sociedade uma marca que nos identifica e dignifica como pessoas, como cidadãos conscientes e responsáveis, sempre prontos para responder a todas as solicitações. 
EMRC também significa "Eu mantenho relação com Cristo".
Para isso, é preciso o envolvimento e compromisso de todos.
Tens a oferta, a resposta e o compromisso é teu!

Isabel Almeida



quinta-feira, 13 de junho de 2013

Dia de Santo António

A treze temos Santo António
A vinte e quatro S. João
A vinte e nove S. Pedro
E festejamo-los com uma grande afeição.

Santo António nasceu em Lisboa, dia 13 de Setembro de 1191, e morreu com 36 anos, dia 13 de junho de 1231, nas vizinhanças de Pádua, Itália. Por isso, é chamado Santo António de Lisboa e Santo António de Pádua.

Filho de Martinho de Bulhões e Teresa Taveira, famílias ilustres, recebeu o nome de Fernando no batismo. Aos 15 anos, entrou no convento da Ordem dos Cónegos Regulares de Santo Agostinho, nas proximidades de Lisboa. Aí ficou dois anos e pediu para ser transferido para o mosteiro de Santa Cruz em Coimbra, porque eram tantas as visitas de parentes e amigos, que perturbavam a sua paz. Em Coimbra, fez filosofia e teologia e foi ordenado padre. Neste mosteiro se hospedaram os frades Franciscanos do convento de Santo António dos Olivais, quando viajavam para converter os muçulmanos em Marrocos, na África. Pouco tempo depois, os restos mortais destes frades, martirizados em Marrocos, voltaram a Portugal para o sepultamento em Coimbra, onde morava o Rei de Portugal. Nessa ocasião, ‘Santo António’ sentiu grande desejo de evangelizar Marrocos e imitar os mártires. Por isso, no verão de 1220, entrou para a Ordem dos Franciscanos, mudou o nome para António, que era o titular do convento franciscano dos Olivais. No início de novembro de 1220 foi mandado para Marrocos, mas terrível enfermidade o reteve na cama todo o inverno e resolveram mandá-lo para Portugal. O navio de volta a Portugal foi levado pelos ventos para a Itália. Desembarcou na Sicília e dirigiu-se para Assis, onde se encontrou pela primeira vez com São Francisco. Então, participou de um Capítulo Geral da Ordem, que começou a 20 de maio de 1221, em Assis. Não demorou para se revelar como excelente orador e pregador, em setembro de 1221, fazendo o sermão em Forli, na ordenação sacerdotal de franciscanos e dominicanos. Surpreendeu o Provincial e todos ficaram maravilhados. Por isso, o Provincial o encarregou da ação apostólica contra os hereges na região da Romanha. e no norte da Itália, quando se tornou extraordinário pregador popular. Em Rimini, os hereges impediam o povo de ir aos seus sermões. Então, apelou para o milagre. Foi à costa do Adriático e começou a pregar aos peixes, que acorreram em multidão, mostrando a cabeça fora da água. Este milagre invadiu a cidade com entusiasmo e os hereges ficaram envergonhados.

Após alguns anos de frade itinerante, foi nomeado, por carta, por São Francisco, o primeiro ‘Leitor de Teologia’ da Ordem. Mas, este magistério de teologia para os franciscanos de Bolonha demorou pouco porque o Papa mobilizou todos os pregadores dominicanos e franciscanos para combater a heresia albigense na França. Por isso, passou três anos a lecionar, a pregar e a fazer milagres no sul da França – Montpellier, Toulouse, Le Puy, Bourges, Arles e Limoges. Como ocupava o cargo de custódio do convento de Limoges, foi para Assis participar do Capítulo Geral da Ordem, convocado por Frei Elias, a 30 de maio de 1227. Nesse Capítulo foi eleito Provincial da Romanha, cargo que ocupou com êxito até 1230. Em 1229, foi morar com os seus irmãos franciscanos, perto de Pádua, no convento de Arcella, em Camposampiero. Nesse lugar retirado, a pedido do Cardeal de Óstia, dedicou-se a escrever os sermões das festas dos grandes santos e de todos os domingos do ano. Mas saía sempre para pregações, por exemplo, durante a Quaresma, até morrer, por uma hidropisia maligna, na sexta-feira, de 13 de junho de 11231.
Foi tanta a repercussão da sua morte e tantos os milagres, que, onze meses após a sua morte, foi canonizado pelo Papa Gregório IX. Em 1263, quando o seu corpo foi exumado, a língua estava intacta e continua intacta até hoje, numa redoma de vidro, na Basílica de Santo António, em Pádua, onde estão os seus restos mortais.
Mais tarde, em 1934, foi declarado Padroeiro de Portugal. E em 1946, o Papa Pio XII proclamou-o ‘Doutor da Igreja’, com o título de ‘Doutor Evangélico’. Santo António não perdeu a sua atualidade e é invocado pelo povo cristão para curar doenças, achar coisas perdidas e ajudar no casamento.

terça-feira, 11 de junho de 2013

Peregrinação a Fátima

Decorreu, ontem, a Peregrinação Nacional das Crianças a Fátima.
Um grande número de alunos da Escola Dr. Reis Leitão, oriundos das paróquias envolventes,  participou neste grande evento, cuja celebração foi presidida por D. António Moiteiro Ramos, bispo auxiliar de Braga, e onde estiveram cerca de 35 mil crianças.
É de salientar o convite feito pela catequese paroquial de Loriga à professora Isabel Almeida, na qualidade de professora de EMRC.
Como gesto de reconhecimento, aqui fica um pequeno video que mostra e recorda alguns momentos ali vividos.



quarta-feira, 15 de maio de 2013

Dia da Família

A Família é o primeiro espaço onde cada indivíduo se insere; é a escola da sociabilização que nos leva à articulação e interação com a comunidade. É um núcleo de convivência, unido por laços afetivos, que, por norma, partilha o mesmo teto e onde se aprendem os valores humanos; daí a importância da sua atuação nas nossas vidas.
A família não é algo que nos é dado de uma vez por todas, mas nos é dada como uma semente que necessita de cuidados constantes para crescer e se desenvolver harmoniosamente. Devemos, portanto, estar conscientes de que é preciso trabalhá-la e cultivá-la sempre, constantemente, e com muito amor.
A família foi e ficará sempre o fundamento da sociedade. Ela transcende qualquer partido político, sociedade, associação ou qualquer outro género de agrupamento humano: ela é constituída por relações de amor! Na origem de tudo há um amor conjugal que chama a vida a participar desse amor.
Um bom dia, cheio de muito amor, para todas as famílias!
Ana Patrão 6.º A
 

A força da família em tempos de crise
Nota Pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa

A família, um bem social
1. Consideramos da maior oportunidade, no atual contexto da sociedade portuguesa, atravessada por uma crise social e económica de particular gravidade, que se traduz para muitos em desalento e falta de perspetivas de futuro, colocar em relevo o bem insubstituível que representa a instituição familiar, «origem e património da humanidade» (Bento XVI).
A família representa um bem público, um bem social. Podemos encará-la na perspetiva do seu relevo privado, como um bem para a realização pessoal, no plano afetivo, espiritual ou outros, de cada um dos seus membros. Mas devemos também encará-la na perspetiva do seu relevo social, do bem que representa para a sociedade no seu todo. Podemos caracterizá-la como a fonte básica do capital humano, social e espiritual de uma sociedade, a que assegura o seu futuro e o seu crescimento harmonioso. A saúde e coesão de uma sociedade dependem, por isso, da saúde e coesão da família.
Só a família concebida a partir do compromisso definitivo entre um homem e uma mulher pode desempenhar esta função social. As alterações legislativas que, entre nós como noutros países, vêm redefinindo o casamento de forma a nele incluir uniões de pessoas do mesmo sexo, esquecem esta verdade fundamental.
A família é a primeira e mais básica das instituições sociais, antes de mais porque assegura a renovação das gerações, sendo a primeira função de qualquer comunidade a de assegurar a sua própria sobrevivência e renovação. E cumpre essa função porque representa o contexto mais adequado e harmonioso para a educação das novas gerações.
A família é o santuário da vida e do amor, lugar da manifestação de «uma grande ternura, que não é a virtude dos fracos, antes pelo contrário denota fortaleza de ânimo e capacidade de solicitude, de compaixão, de verdadeira abertura ao outro, de amor. Não devemos ter medo da bondade, da ternura» (Papa Francisco).

Razões da insubstituível importância da família
2. Na família respeita-se a dignidade da pessoa humana, esta é encarada como ser único e irrepetível. Nela não há lugar para o anonimato. Nela a pessoa é acolhida e amada pelo que é, não pelo que faz ou pelo que produz. Por isso, o contexto familiar é aquele em que os mais vulneráveis, incluindo os doentes e portadores de deficiência, não deixam de ser valorizados.
A família é a primeira e mais básica escola de sociabilidade. Nela se aprende a convivência com o outro e o diferente; o homem é diferente da mulher, os irmãos nunca são iguais, e os filhos nunca são o reflexo da imagem dos pais.
Na família a solidariedade não é imposta, é espontânea e calorosa. Ela é o campo privilegiado da gratuidade, do dom desinteressado, onde espontaneamente se dá sem esperar nada em troca e com a maior das alegrias.
Na família a autoridade é exercida como serviço e por amor.
A renovação das gerações no seio da família também permite a mais harmoniosa aliança entre a tradição e a novidade. As gerações mais velhas transmitem às gerações mais novas, como a sua mais preciosa herança, aqueles valores perenes que não estão sujeitos à usura do tempo e não passam com as modas. As gerações mais novas representam a abertura ao novo, ao dinamismo e à criatividade, que tornam vivos esses valores perenes.
Num outro aspeto a família representa o contexto mais adequado e harmonioso para o crescimento e educação das novas gerações. A família nasce da unidade e complementaridade das dimensões masculina e feminina, que cooperam, nessa unidade e complementaridade, para a integridade da educação humana.
O casamento, como união entre um homem e uma mulher, tem representado nas sociedades e culturas mais diversificadas um símbolo dessa riqueza que representa a dualidade sexual, da unidade dessa diversidade. A mensagem bíblica exprime-o com as palavras do Génesis: «Deus os criou homem e mulher … e viu que a sua obra era muita boa…». Esta riqueza da dualidade sexual, da unidade e complementaridade dos dois sexos, está presente na família e, por seu intermédio, deve penetrar em toda a sociedade. Todos os âmbitos da vida social ganham com o contributo simultâneo, diversificado e harmónico das especificidades masculina e feminina, que são complexas, não são rígidas e uniformes, mas são uma insubstituível riqueza.

A família e a crise económica e social
3. A crise económica e social que o nosso país atravessa vem evidenciando, precisamente, a riqueza que representa a família. Tem sido a solidariedade familiar, que se traduz em solidariedade entre gerações, em muitos casos, o primeiro e mais seguro apoio de quem se vê a braços com o desemprego, ou a queda abrupta de rendimentos, com a consequente incapacidade de fazer face a compromissos assumidos que se destinam à satisfação de necessidades familiares essenciais, como a da habitação.
Mas esse apoio não é suficiente. A crise também evidencia que a comunhão e solidariedade que se vivem no seio da família não pode limitar-se ao seu âmbito interno. A família não pode fechar-se sobre si. Esse espírito de comunhão e solidariedade deve partir da família e alargar-se à sociedade inteira. Deve traduzir-se na entreajuda entre várias famílias. As experiências de muitas comunidades cristãs são já disso testemunho, mas não é demais salientar a necessidade de se multiplicarem essas experiências de partilha entre famílias.
Na raiz da crise que atravessamos estão fracassos de um modelo económico assente na maximização do lucro e do consumo. Afirma Bento XVI na sua mensagem para o Dia Mundial da Paz deste ano (n. 5): «O modelo que prevaleceu nas últimas décadas apostava na busca da maximização do lucro e do consumo, numa ótica individualista e egoísta que pretendia avaliar as pessoas apenas pela sua capacidade de dar resposta às exigências da competitividade. Olhando de outra perspetiva, porém, o sucesso verdadeiro e duradouro pode ser obtido com a dádiva de si mesmo, dos seus dotes intelectuais, da própria capacidade de iniciativa, já que o desenvolvimento económico suportável, isto é, autenticamente humano tem necessidade do princípio da gratuidade como expressão de fraternidade e da lógica do dom».
A gratuidade típica das relações familiares deve servir de modelo para este novo paradigma de desenvolvimento económico.

A família e a abertura à vida
4. Talvez o mais eloquente sinal de que a crise da instituição familiar se traduz em malefícios sociais seja o da crise demográfica, que muitos consideram o mais grave dos problemas sociais das sociedades europeias, numa perspetiva do seu futuro mais ou menos próximo. As últimas estatísticas apontam Portugal como um dos países com mais baixa taxa de natalidade em todo o mundo.
A família abre-se, por desígnio natural, à vida.
Poderá parecer irrealista salientar a importância desta abertura à vida no atual contexto social, em que o desemprego e a precariedade laboral atingem de modo particular os jovens. Este facto deve levar-nos a não nos resignarmos com esta situação, como se ela fosse inevitável, como se a economia não devesse estar ao serviço da pessoa humana, e fosse a pessoa humana a dever sujeitar-se às exigências da economia. Salienta Bento XVI na encíclica Caritas in veritate (n. 25), a propósito da instabilidade laboral, que quando «se torna endémica a incerteza sobre as condições de trabalho, resultante dos processos de mobilidade e desregulamentação, geram-se formas de instabilidade psicológica, com dificuldade a construir percursos coerentes na própria vida, incluindo o percurso rumo ao matrimónio».
Mas, por outro lado, a crise que atravessamos também é reflexo da crise demográfica. Numa sociedade em envelhecimento, as despesas públicas serão cada vez maiores em pensões, saúde, etc., e as receitas cada vez menores. Assim, o financiamento do Estado há de ser cada vez mais problemático.
É claro o bem que representa hoje a maior longevidade, o facto de os idosos viverem mais tempo do que noutras épocas. O que é problemático não é isso; não há idosos “a mais”, porque estes são sempre uma riqueza, e nunca um peso. O que é problemático e causa desequilíbrios é que não nasçam crianças.
Afirma ainda Bento XVI na encíclica Caritas in veritate (n. 44): «A abertura moralmente responsável à vida é uma riqueza social e económica. (…) A diminuição dos nascimentos, situando-se por vezes abaixo do chamado “índice de substituição”, põe em crise também os sistemas de assistência social, aumenta os seus custos, contrai a acumulação de poupanças e, consequentemente, os recursos financeiros necessários para os investimentos, reduz a disponibilização de trabalhadores qualificados, restringe a reserva aonde ir buscar os “cérebros” para as necessidades da nação. Além disso, as famílias de pequena e, às vezes, pequeníssima dimensão correm o risco de empobrecer as relações sociais e de não garantir formas eficazes de solidariedade. São situações que apresentam sintomas de escassa confiança no futuro e de cansaço moral. Deste modo, torna-se uma necessidade social, e mesmo económica, continuar a propor às novas gerações a beleza da família e do matrimónio, a correspondência de tais instituições às exigências mais profundas do coração e da dignidade da pessoa. Nesta perspetiva, os Estados são chamados a instaurar políticas que promovam a centralidade e a integridade da família, fundada no matrimónio entre um homem e uma mulher, célula primeira e vital da sociedade, preocupando-se também com os seus problemas económicos e fiscais, no respeito da sua natureza relacional».
Ajudam a combater a crise da natalidade medidas fiscais, que promovam o emprego juvenil, ou que facilitem a conciliação entre o trabalho e a vida familiar. Mas o contributo decisivo para vencer a crise demográfica situa-se no plano da cultura e da mentalidade. Há que superar o “cansaço moral” e a “falta de confiança no futuro” a que alude a encíclica Caritas in veritate. Saber que a vida é sempre um dom que compensa todos os sacrifícios – só com esta consciência pode ser vencida a crise da natalidade.
Qualquer mensagem de desvalorização da vida humana acarreta consequências negativas a este respeito. Uma delas – sem dúvida a mais grave – é o aborto e sua banalização a que vimos assistindo entre nós com a cobertura da lei vigente. Afirma, ainda, sobre esta questão, a Caritas in veritate (n. 28): «Quando uma sociedade começa a negar e a suprimir a vida, acaba por deixar de encontrar as motivações e energias necessárias para trabalhar ao serviço do verdadeiro bem do homem. Se se perde a sensibilidade pessoal e social ao acolhimento duma nova vida, definham também outras formas de acolhimento úteis à vida social. O acolhimento da vida revigora as energias morais e torna-nos capazes de ajuda recíproca».

A família, um projeto duradouro
5. Para vencer a crise demográfica, como em relação a muitos outros aspetos relativos à sua função social, há que acreditar na família como um projeto duradouro, assente num compromisso de doação total e não na volatilidade dos sentimentos. Só nesse contexto é razoável a decisão de ter filhos. Se a saúde e coesão da sociedade dependem da saúde e coesão da família, esta está estritamente ligada à sua estabilidade.
Vai-se generalizando, porém, a opção por formas de convivência marital precária, que recusam esse compromisso; tal como é cada vez mais frequente o recurso ao divórcio, o que a legislação vigente também não deixa de facilitar em extremo.
Salienta, a este respeito, a exortação apostólica Familiaris consortio (n. 11), de João Paulo II, que «a sexualidade diz respeito ao núcleo íntimo da pessoa humana» e se realiza «de maneira verdadeiramente humana, somente se é parte integral do amor com o qual homem e mulher se empenham totalmente um para com o outro até à morte». A doação física total é verdadeira só na medida em que envolve toda a pessoa, também na sua dimensão temporal, com a comunhão de projetos para o futuro: «se a pessoa se reservasse alguma coisa ou a possibilidade de decidir de modo diferente para o futuro, só por isto já não se doaria totalmente». Esta totalidade corresponde também às exigências de uma fecundidade responsável, a qual supõe o contributo contínuo do pai e da mãe para o crescimento harmonioso dos filhos.
Por isso, ainda segundo essa exortação apostólica (n. 11), «o “lugar” único, que torna possível esta doação segundo a sua verdade total, é o matrimónio». Este «não é uma ingerência indevida da sociedade ou da autoridade, nem a imposição extrínseca de uma forma, mas uma exigência interior do pacto de amor conjugal que publicamente se afirma como único e exclusivo, para que seja vivida assim a plena fidelidade ao desígnio de Deus Criador». Esta fidelidade não mortifica a liberdade da pessoa, «põe-na em segurança em relação ao subjetivismo e relativismo, fá-la participante da Sabedoria Criadora».
A esta luz, não é demais lembrar a responsabilidade que representa a preparação, mais remota e mais próxima, para o casamento. Uma preparação que envolve as famílias, as instâncias educativas e a Igreja.
Importa, ainda, salientar como, também neste aspeto, deve evitar-se que cada família se veja sozinha a enfrentar dificuldades que possam conduzir à rutura. A experiência de um casal que soube superar as suas dificuldades de relacionamento pode servir de ajuda para outros que se confrontam com essas dificuldades. Experiências de entreajuda entre famílias neste campo também devem multiplicar-se no âmbito das comunidades cristãs.
E se é verdade que a Igreja nunca deixará de proclamar a indissolubilidade do casamento, antes de mais perante quem se prepara para o contrair, tal não pode significar insensibilidade ou indiferença perante o sofrimento de quem experimentou um fracasso matrimonial, independente de qualquer juízo de culpa, que até pode nem existir. A Igreja acolhe e acompanha com solicitude essas pessoas.
Olhamos com simpatia e apreço os movimentos e instituições que se preocupam e dedicam à família, encarnando o amor de Deus e manifestando-lhe o rosto amável da Igreja.

A sociedade à imagem da família
6. Muitas vezes a família é encarada como um refúgio que protege de um ambiente hostil da sociedade que nos rodeia, um oásis de harmonia no meio do deserto, um espaço de humanização no meio de um mundo desumanizado. E é assim de facto. Mas também podemos encarar a família de outra perspetiva: como a fonte e o fermento de onde parte a renovação da sociedade. É assim através dos filhos, que se devem proteger das más influências da sociedade, mas que também a esta podem dar muito do que recebem na família.
Os valores que se vivem na família – a pessoa amada e acolhida como ser único e irrepetível, o amor gratuito, a solidariedade espontânea, a autoridade como serviço, o valor do doente e do idoso, a aliança da tradição e da inovação, a unidade e complementaridade das dimensões masculina e feminina, a fidelidade e o compromisso – devem estender-se, por seu intermédio, a toda a sociedade: às empresas, aos serviços públicos, às escolas e hospitais, às comunidades eclesiais, às associações. A família é o modelo, o dever ser de qualquer convivência humana.
Num contexto de crise económica e social, que para muitos se traduz em desalento e falta de perspetivas de futuro, é esta a mensagem que queremos transmitir, como antídoto a esse desalento e como ajuda à superação dessa crise: que a família seja reconhecida e apoiada na missão social que só ela pode desempenhar.
Fátima, 11 de abril de 2013