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sexta-feira, 23 de março de 2018

XXI ENCONTRO INTERESCOLAS EMRC Guarda

Realizou-se ontem, dia 22 de março de 2018, com um dia cheio de sol, o nosso XXI Encontro Diocesano Interescolas de EMRC.
Para começar o dia, deslocámo-nos até à cidade da Guarda, acompanhados da nossa professora Isabel Almeida e do professor de EVT, Vitor Almeida.
Quando chegámos ao largo da Sé, já havia um grande grupo de alunos e professores, muita música e animação. 
Quando fizeram a chamada das escolas, os vinte e três alunos do 5º ano que nos inscrevemos para participar neste Encontro respondemos à chamada com muito entusiasmo. 
Depois da chamada, o Senhor Bispo D. Manuel Felício saudou-nos a todos. Elogiou o facto de fazermos parte da "família" da EMRC e disse que, com a ajuda dos professores, espera que façamos uma escola, um mundo melhor.
A tela que oferecemos a Instituição
Logo a seguir, passou-se à entrega de algumas telas pintadas alusivas ao tema do Encontro a representantes de instituições de solidariedade e outras. O representante da  instituição que nos coube em sorte não esteve presente, mas sabemos que foi para uma instituição polivalente de crianças e outros utentes. A nossa professora explicou a simbologia da nossa tela e as três palavras chave da mensagem que a acompanhava: partilha, amor e esperança. Disse que se queremos fazer um mundo onde reine o amor, temos de aprender a partilhar e que as crianças, adolescentes e jovens são a grande esperança, pelo que a EMRC conta com todos para que este milagre aconteça.
Antes de nos deslocarmos para o lugar onde iam decorrer as atividades da tarde, fizemos uma coreografia ao som de música e formámos um grande coração humano à volta de um coração humano mais pequeno. Foi neste momento que todos nos sentimos mais unidos! Todos demos as mãos uns aos outros.
A caminhada pelas ruas do centro da Guarda até ao estádio Municipal, vigiada por polícias de segurança, foi bastante animada. Mal chegou o autocarro com as mochilas onde levámos o farnel, como o apetite já era muito, almoçámos muito rapidamente, pois dentro do campo já estavam os materiais para os jogos radicais e tradicionais à nossa espera. Foi uma grande animação! Até os mais tímidos se envolveram nas atividades. Também houve um palco de talentos, onde  alguns alunos e alunas mostraram os seus dotes musicais e de dança. Não faltaram as pinturas faciais. 
Todos nos comportámos bem e chegámos a casa felizes. Afinal, vale a pena fazer parte dos que estão inscritos em EMRC! Para o próximo ano, queremos repetir a experiência.

Alunos  participantes no Encontro












quinta-feira, 8 de março de 2018

PREOCUPAÇÕES... preocupações

"Preocupa-nos que os nossos estudantes entrem para a universidade com fraco desempenho académico. Pois eu acho mais preocupante ainda que os nossos jovens cresçam sem referências morais. Estamos empenhados em assuntos como o empreendedorismo como se todos os nossos filhos estivessem destinados a serem empresários. Ocupamo-nos em cursos de liderança como se a próxima geração fosse toda destinada a criar políticos e líderes. Não vejo muito interesse em preparar os nossos filhos em serem simplesmente boas pessoas, bons cidadãos do seu país, bons cidadãos do mundo.
Escrevi uma vez que a maior desgraça de um país pobre é que, em vez de produzir riqueza, vai produzindo ricos. Poderia hoje acrescentar que outro problema das nações pobres é que, em vez de produzirem conhecimento, produzem doutores (até eu agora já fui promovido..,) . Em vez de promover pesquisa, emitem diplomas. Outra desgraça de uma nação pobre é o modelo único de sucesso que vendem às novas gerações. E esse modelo está bem patente nos vídeo-clips que passam na nossa televisão: um jovem rico e de maus modos, rodeado de carros de luxo e de meninas fáceis, um jovem que pensa que é americano, um jovem que odeia os pobres porque eles lhes fazem lembrar a sua própria origem.
É preciso remar contra toda essa corrente. É preciso mostrar que vale a pena ser honesto. É preciso criar histórias em que o vencedor não é o mais poderoso. Histórias em que quem foi escolhido não foi o mais arrogante mas o mais tolerante, aquele que mais escuta os outros."

(Mia Couto)